sábado, 14 de fevereiro de 2009

Musica da semana: Beatles "Love"

Hoje é dia dos namorados!!!
Dia de celebrar o amor!!!

Como tal, a sugestão semanal não vai propriamente passar pelas baladonas-do-banco-de-trás da viatura, que para "isso" cada qual tem o seu som já bem escolhido...
Portanto... amor... love... é isso: Beatles "Love"!

Em 2006, saiu para o mercado uma das mais invulgares colectâneas com música dos incontornáveis Beatles:

"Love"
Esta colectânea é invulgar porque nos devolve o som dos Beatles de uma forma inovadora e nunca ouvida. Inicialmente desenvolvido como base sonora de shows Cirque du Soleil, que levou dois longos anos a erguer esta obra, rapidamente se percebeu que este trabalho deveria ser partilhado pelos fãs também (e assim mais uma oportunidade dos membros vivos e famílias herdeiras amealhar mais umas libras).

Em "Love" somos confrontados com as mais célebres canções e sons dos Beatles, a degladiarem-se umas com as outras. Esta colectânea resulta da utilização e mistura dos sons "Fab Four", usados de forma inesperada noutras canções. É a arte da pilhagem sonora, realinhada de forma inovadora.

O produtor George Martin, desculpem, Sir George Martin, considerado um 5º Beatle por muitos, foi o maestro desta operação. Talvez por conhecer a fundo o catálogo dos Beatles e porque conseguiriam levar a bom termo esta ideia.
Assim não se admire que o resultado tenha sido tão estupendo: ritmos de bateria de outros temas a surgirem noutros temas, uma mesma canção mesclada com 3 ou mais temas de uma só vez, linhas de baixo a criarem novo pulsar em temas calmos, temas calmos tornados bastante agitados ao recorrer a bases de bateria de outras paragens, etc.

Para perceberem bem o que se passou deveriam escutar por exemplo:
- Drive My Car/The Word/What You're Doing (é impressionante e talvez dos melhores exemplos do álbum -só a alegria...);
- Within You Without You/Tomorrow Never Knows (a batida de Ringo Star neste tema muito oriental assemelha-se ao drum'n'bass -estavam muito á frente no tempo deles- é daquelas faixas que fariam corar de inveja e vergonha até os The Chemical Brothers);
- Blackbird/Yesterday (parece impensável como é que a Yesterday nunca começou assim);
- e as várias transições entre faixas onde se evocam outras para se entrar no tema seguinte;

A ideia era essa mesmo e ficou tão bem conseguida que nos faz parecer que estamos só agora a descobrir os lendários Beatles. Assim esta colectânea consegue ao mesmo tempo dar algo totalmente novo aos fãs (que até se vão passar e achar esta viagem sonora uma experiência psicadélica), introduz a banda às novas gerações com frescura e por fim porque é também um "Best Of" alternativo, feito do melhor que a banda inglesa tem.


Caramba, que até dá pena não ver uma operação destas no catálogo dos Pink Floyd, U2 e outras bandas míticas! Eu adoraria...

Desde que saiu que volta e meia regresso para escutar isto. Recomendo... e até o podem oferecer como prova de amor!
Como curiosidade, a mensagem que esta edição nos voltou a lembrar e que acaba por ser um dos fundamentos desta criação, está explicita na junção dos nomes dos temas de abertura e fecho do álbum:
"Because" "All You Need Is Love" / Porque tudo o que necessitam é de amor...



Para terminar deixo-vos com dois magníficos exemplos de "Love":

"Within You Without You / Tomorrow Never Knows"


"Drive My Car/The Word/What You're Doing"
(aqui numa versão extendida feita por um fã, que a fez passar de 1:54m para 3:31m, mas idêntica em espirito e com mais elementos. Na verdade, a razão desta amostra é pelo magnifico video...)



MusicaDaSemana

Sem comentários: