sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Afinal o iPad não presta para nada (oh sim!): comparativo de tablets da Skatter Tech

No Revolução Digital é apresentado um artigo onde a Skatter Tech fez um comparativo infográfico com os melhores tablets do momento: os modelos BlackBerry PlayBook, Dell Streak 7 e o Motorola Xoom... perante o iPad (da Apple). Até me espanta a ausência da Samsung...


No gráfico o que mais sai inferiorizado no comparativo é o iPad da Apple.
É obvio que a Apple tem no marketing a sua grande virtude e de mais facilmente fazer captar atenções (que resulta em vendas). Mas as atenções sobre os produtos Apple não são apenas pelo hype, pois muito mais terão para se justificarem, especialmente os casos de sucesso que são os equipamentos portáteis da Apple.

A esta altura todos nós já deveriamos ter apreendido que já não são unicamente as características técnicas que mais contam no momento da decisão de qual optar.

Não se devem julgar estes aparelhos apenas só pelo que um tem mais que outro. É a capacidade de fazer neles as coisas com gosto e facilidade, a acessibilidade, a estética/design e outros factores não quantificáveis num gráfico destes, como por exemplo a integração num ecossistema bem desenvolvido e útil (apesar das criticas de muitos sobre o overbloat do iTunes... tem continuado muito lógico na integração com os gadgets).
Nestes aspectos todos e mais alguns que não enumerei, penso que o iPad prova o porquê de ser o #1… e é ainda razão de ser objecto de principal referência nestes comparativos.

(clicar no gráfico para ampliar)

É obvio que neste comparativo, o Motorola Xoom tem modernos argumentos e afigura-se o grande vencedor dos quatro (o Android 3.0 foi apresentado recentemente). O iPad practicamente já cá anda há um ano sem ser alterado e está para muito breve a segunda geração deste modelo. Que segundo os rumores dão a entender colmata imensas das "cruzes vermelhas" exibidas.
Este teste neste momento para o iPad é... como se o quisessem humilhar... (oh sim pois!)

12 comentários:

Miguel Ribeiro disse...

Este é mesmo um post típico de um mac fan com duas palas nos olhos xD

ArmPauloFerreira disse...

Podes crer Miguel!

É curioso que entendo até que o próprio comparativo é injusto, na medida em que se serve dos mais recentes modelos de tablets (artilhados com as últimas novidades) para humilhar o iPad. As cruzes vermelhas... são estudadas para o iPad as obter.
Entendo que existe muito mais que o define do que unicamente as meras caracteristicas técnicas...
Quanto às palas... são emprestadas pelos anti-Apple! :-)

Ricardo Vieira disse...

Sem querer entrar em conflitos ArmPAuloFer, gostaria de dizer que post como os teus acerca da Apple e de outros utilizadores deixam-me sempre intrigados.
Intrigados na medida em que vocês defendem com unhas e dentes o produto, achando-o sempre superior.
Eu não tenho nada da Apple e, muito provavelmente nunca irei ter, muito por causa da política monopolista do Steve Jobs. Quanto a mim bem pior que a, por exemplo, política da Microsoft.
De qualquer das maneiras o design aplicado nos produtos são, na maioria das vezes, bem apelativos.
Esqueceste-te de referenciar uma característica a ter em conta na escolha final que é o preço (sempre exagerado nos produtos Apple).

ArmPauloFerreira disse...

Os preços do Motorola Xoom começam desde 799dls enquanto que o iPad parte desde 499dls. Com a mesma capacidade de armazenamento (32gb) e apenas com Wi-Fi, o Xoom é mesmo assim mais caro 200dls...
E continuando a tradição Apple, quando chegar o iPad 2 (com melhores características técnicas e imagino um iOS melhor nessa altura) mas mantendo os mesmos preços... entendo que nem o argumento dos preços Apple é válido contra o ipad pois o Xoom com Android 3 vai ser mesmo assim mais caro. Posso até dizer que um iPad de 32Gb com wi-fi + 3G ainda assim é mais barato que o Xoom só com Wi-Fi (e a Motorola em breve vaiu lançar modelos com 3G+Wi-Fi e imagina-se preços ainda muito mais caros).
Continuo a achar que o iPad não está mal na actual conjectura. E nestas coisas tem sido hábito ver os Apple-killers virem e irem...

A acusação de a Apple ser monopolista... ora bem, os produtos destinam-se aos utilizadores Windows e Apple... portanto para vários públicos.
O Android também não é assim tão aberto quanto me parece... mas sim há coisas na Apple (como o caso do Bluetooth) que poderiam ser melhores.

ArmPauloFerreira disse...

Entendam ambos que não o acho o iPad superior por ser da Apple. E que até nem tenho um...

Já experimentei um e achei-o muito interessante realmente mas que nem sequer serve para tudo o que me daria jeito (por exemplo... usá-lo para criar posts no Blogger é impossível).
E para ser útil a um uso familiar a Apple ainda tem de inventar algo mais para o iOS ter multiple users... para mim a maior lacuna do iPad! E nem isso vejo na concorrência ser resolvido sequer ou até referido nos comparativos.
Por mais algum dinheiro prefereria um MacBook Air de 11" de entrada de gama... esse sim!

Ricardo Vieira disse...

ArmPauloFer, a Apple força tudo e mais alguma coisa.
Ok, se calhar estou a ser exagerado e até no fundo é um gosto pessoal, mas não gosto que os produtos que eu compro e que são meus só funcionem com software específico, ou segundo as regras de uma empresa. Compro Iphone, tenho que ter iTunes, compro iPod, same case. E se tiver Linux, como faço? Já para não dizer que o iTunes é um monstro comedor de ram e CPU no Windows. Compro Macbook, não posso instalar outro sistema operativo.
Preciso trocar bateria do Macbook, tenho que mandar para a garantia.
Quanto ao preço dos produtos são caros sim. Por menos um pedaço bom de Euros, compro um portátil bem superior a um da Apple e com mais escolhas em termos de software.

No entanto, é como disse. Se calhar é um gosto pessoal ter a possibilidade de escolher os meus próprios softwares com os meus produtos.A Apple quer tudo ao seu jeito e da maneira que lhe convém.
A Microsoft já foi assim mas tem mudado muito, o que me tem surpreendido.

De qualquer das maneiras, eu não utilizo nem um nem outro. Utilizo Linux e se calhar estou a meter-me onde não sou chamado. :)
Abraço.

ArmPauloFerreira disse...

Focas pontos que não discordo nada.
É verdade que os utilizadores de Linux são normalmente colocados de lado. Mas mesmo a usares Linux podes usar um iPhone/iPod/iPad se colocares lá virtualizado o Windows + iTunes. Funciona!
(O Nuno Pereira do blog "Cria o teu Avatar"... Linux user... tem se safado bem.)

A Apple se fizesse um iTunes para Linux (Ubuntu por ex) e desse compatibilidade para conectar os gadgets a conversa seria outra...
Mas é verdade que o iTunes cresceu demasiado e existe como um software overbloated... faz imensas coisas. A Apple se separasse a componente Media da Conectividade (uma aplicação especifica para ligar os gadgets e multiplataforma) acredito que teria muitos mais adeptos.

Os produtos Apple são realmente mais caros que os equivalentes noutras plataformas mas pessoalmente prefiro-os a ter de usar o Windows. E Linux é ainda obscuro para mim...
Há comportamentos a usar Windows (7 por ex) que não tem equivalente no Mac OS X. Num mac consigo-me focar no que vou fazer e num Win nunca consegui (é preciso "batalhar" com tantas coisas... alertas, dezenas de updates por tudo quanto é lado, alertas no Windows Defender... etc!)

Usando um Mac qualquer, moderno com Intel (desde 2006) podes ter dual boot com Win+Mac... e pelo método da virtualização podes ter sobre o OS X qualquer sistema operativo. Até se pode fazer isso de forma gratuita com o VirtualBox... e colocando lá um gratuito Linux em full-screen... tens o melhor de qualquer plataforma.
Vejo que os mitos antigos ainda prevalecem...

Nuno Pereira disse...

Tenho me safado bem quer dizer... para fazer o update do sistema nada de virtualizações. Mas de resto dá perfeitamente para remover ou adicionar apps entre o iTunes e o iOS.

Eu também sou um pouco contra às politicas anti-software da Apple, basta para isso dizer que sou utilizador Linux há já bastantes anos e que o sistema Android de momento é aquele que mais me atrai a nível de smartphones, é lógico dizer isso.

Conheço razoavelmente bem quer o iOS quer o Android, já que tenho aparelhos de ambos. Relativamente ao iOS às apps têm melhor qualidade e são muito mais polidas do que vemos no Android. Tudo porque existe demasiados modelos Android e demasiadas especificações diferentes que não ajudarão nada os programadores de software.

Eu até acho que num futuro próximo o Android se divida em varias versões conforme o equipamento/qualidade.

Quanto ao gráfico comparativo eu cá escolhia sem exitar o iPad.

Talvez em 2012 ou 2013 mude de opinião, quando a poeira que os Android fazem assentar de vez :)

ArmPauloFerreira disse...

Boas observações Nuno.
Eu nos últimos tempos quando alguém fala em smartphones, recomendo sempre que tenha Android e isso será por alguma razão. Não digo: Compra o iPhone apenas e só esse!
Tudo porque quem chega e não está habituado ao ecossistema Apple vai acabar por se sentir radicalmente num diferente conceito. O iPad tem o mesmo conceito mas como é algo para se fazer nele mais serviços e olhando á qualidade e até mesmo á atenção dedicada da imprensa (a que publica - jornais, revistas) que se tem disponibilizado para o concito iPad... acho que ele no fim dá mais que os outros, pelas aplicações da App Store (que até tem muito mais que a concorrência).

O Android ainda necessita de ser adoptado pela sociedade... e de não ser tão fraccionado a nível de ofertas.

Bruno Cunha disse...

Toda a gente sabe que os Apple têm sempre "senãos". As primeiras gerações são fracas e caras mas a verdade é que toda a gente os quer. A Apple até nem pode ser a melhor mas é, com certeza, a marca com mais estilo.
Frank and Hall's Stuff

João Sousa disse...

E pronto, dez comentários gerados na eterna discussão Mac/PC/Linux. Se há coisas que garantem conversas mais ou menos acaloradas na Internet, elas são plataformas de computação e clubismos de futebol.

Eu não estou com vontade de entrar directamente nela, mas houve algo no primeiro comentário do Ricardo que me perturbou - o uso da palavra "vocês":

"Intrigado na medida em que vocês defendem com unhas e dentes o produto, achando-o sempre superior."

Este sujeito "vocês" é suposto significar o quê? Vocês, utilizadores de Mac? Vocês, evangelistas de Mac? Se é a segunda, não faz sentido a surpresa porque militância significa exactamente isso: achar uma superioridade intrínseca no seu produto/opção.

Já se for a primeira, vou então proceder a este exercício:

"Intrigado na medida em que vocês (utilizadores de Linux) defendem com unhas e dentes o produto, achando-o sempre superior."

Talvez te sintas injustiçado, Ricardo, por esta generalização. Se assim for, é um mal que tem dois sentidos.

[No caso dos utilizadores Mac e Linux, eu até posso encontrar uma justificação para a convicção: é que eles optaram, de facto, pelo que usam. Ninguém é consumidor Apple se não o quer realmente ser; ninguém usa Linux se não o quis realmente usar.]

Mas a verdade é que não interessa qual o significado que o "vocês" carrega. Qualquer que ele seja, façamos no particular justiça de reconhecer que ele não pega aqui ao Arm. Se conhecesses toda a obra armindiana aqui publicada, saberias certamente que ele pensa pela sua própria cabeça e alturas houve em que não se impediu de criticar abertamente produtos e opções da Apple. Na verdade, recordo-me de pelo menos uma ocasião em que eu próprio achei (e continuo a achar) que ele não estava a ser justo na sua crítica. E eu sou bastante moderado nas minhas paixões.

Não sou é moderado na minha antipatia por fundamentalistas: os chamados fanboys. É por isso que faço um outro exercício:

"Intrigado na medida em que os [variável] fanboys defendem com unhas e dentes o seu produto, achando-o superior."

em que [variável] pode ser substituida indiscriminadamente por

Microsoft / Google / Apple
Windows / OS X / Linux
iOS / Android
Porto / Benfica / Amora FC
Porsche / Ferrari / Citroen
Ikea / Moviflor
Justin Bieber / Lady Gaga / Rammstein

e assim por diante.

Os fanboys militantes, quaisquer que eles sejam, irritam-me. A sério.

Mas há uma característica nalgumas militâncias que me desperta particular antipatia: a superioridade moral.

Profissionalmente, houve e há ocasiões em que defendi o uso do Linux e outros projectos abertos. Em privado, acompanho estes projectos não só com interesse académico mas também como utilizador de alguns. A razão porque já não sou activo nas discussões à volta do Linux, ou já não sou tão visível no seu incentivo, prende-se maioritariamente com uma razão: a postura pública dessa comunidade.

(NOTA: não estou a dizer que seja o teu caso particular, Ricardo.)

Os evangelistas Mac podem argumentar (vejo-os fazerem) com uma superioridade técnica absoluta dos seus produtos que, a espaços, me parece algo exagerada - e isso desagrada-me. Mas pelo menos são argumentos que, concorde-se ou não com eles, são palpáveis e podem ser mensurados.

Só que a isso, os fundamentalistas Linux/OpenSource juntam um ar de superioridade moral que me desagrada ainda mais e a vários níveis. Os manifestantes de algo que se sentem moralmente superiores preocupam-me sempre. Superioridades morais baseadas numa qualquer ideologia (e.g., "o código-aberto é superior, por axioma, ao código-fechado") nunca levam a bom porto: tudo o resto tende a ser relativizado em relação a tal. Com base em fundamentalismos ideológicos, muitas autocracias/monopólios de sociedade/mercado podem ser - e são - criados. E isso, para mim, nunca é boa coisa.

Até certo ponto, pode-se argumentar que eu sou fundamentalista no meu anti-fundamentalismo. E com esta, o meu cérebro vai implodir. :-)

ArmPauloFerreira disse...

@ Bruno: Focas um ponto muito curioso. Sem dúvida que a Apple até é a que mais tem marcado o estilo e o design do hardware nos últimos. iPods, iPhone, iPad, MacBooks, conceito de loja on-line... as muitas marcas por aí têm se abastecido de muita "inspiração"... têm.

@ João Sousa: Antes de mais, agradeço a todos este saúdável debate mas a ti em especial, não só pelo apoio constante mas porque deixas pontos de vista muito fortes e pertinentes. Um comentário destes daria um belissimo post num qualquer espaço na net dedicado ao assunto. É uma honra, contar com este tipo de participação por aqui. E gostei de ler "obra armindiana"... fixe e muito criativo!

Realmente, os termos de "vocês", oriundo do fundamentalismo, tem sempre destas coisas pois coloca sempre álguém numa posição a defender-se naquilo em que acredita. Contudo, eu não tenho só experiência em Macs... também vi desfilar imensos Windows, e ainda do tempo em que se tinha de o arrancar por MS-DOS (e fazer algumas situações que o interface gráfico não conseguia ainda).
Para mim, o mais interessante, é que o ponto de vista do Miguel Ribeiro é ele também mesmo fundamenlista. O Ricardo Vieira, alude pontos que serão sempre pertinentes mas a verdade é que o próprio é um defensor do seu próprio lado (Linux) tal como eu e em nada senti ofensa no que disse.

O importante aqui é que debatiamos tablets e tudo o que os envolve como conceitos. Para mim, são mais importantes que a própria superioridade técnica. O iPad surge aqui em inferioridade e não o nego mas o que mais importa é também ver de todos do comparativo qual é o que mais garantias e apoios tem no mundo empresarial. O que mais oferece para que os negócios possam ver os tablets como algo mais que características técnicas. Este assunto é algo que dará sempre que falar...

Obrigado, mais uma vez a todos!