terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Cine-critica: Valentine's Day [2010]

Valentine's Day
Dia dos Namorados
(2010)

Realização: Garry Marshall
Com: Jessica Alba, Kathy Bates, Jessica Biel, Bradley Cooper, Eric Dane, Patrick Dempsey, Hector Elizondo, Jamie Foxx, Jennifer Garner, Anne Hathaway, Julia Roberts, Ashton Kutcher, Emma Roberts, Taylor Swift, Taylor Lautner, Topher Grace...

Sinopse (via RTP): "As histórias de um grupo de habitantes de Los Angeles com pouco em comum, cujas vidas se cruzam, no meio de romances e corações partidos, durante um Dia dos Namorados. Casais e solteiros vivenciam os altos e baixos de encontrar, manter ou terminar relacionamentos no dia do amor..."



Ora bem...
gosto deste filme! Pronto!

É uma muito comum comédia-romântica só que tem a particularidade de não ter uma só história principal mas sim várias histórias em simultâneo. O filme apresenta um bem grande mosaico de personagens, num regime de puzzle de vivências onde tudo gravita em torno da pressão que o próprio dia dos namorados acaba por acarretar a cada uma destas pessoas.


Há os preparativos de alguns, há as tentativas de surpresa (que nem sempre podem correr bem), há as revelações amorosas (doces e amrgas), há o "mudar de vida" para o bem e para o mal, a solidão ou amargura ao ter de encarar o próprio dia... ou seja há de tudo um pouco, daquilo a que se chama a vida das pessoas. Neste aspecto, o filme tenta reflectir a realidade social, onde não há vidas iguais, pelo que o filme tenta chegar à sintonia identificativa de muitos dos seus espectadores. Não há aqui a pretensão de fazer deste filme uma obra-prima de cinema, nem tão pouco ser exemplar no género. Há sim a esperança de pelo menos servir o dia em questão, celebrando-o pelas várias perspectivas que se possam enquadrar com o que é e possa significar o "Velentine's Day". Um dia que se vai verificando, não só pelo filme mas também pela experiência de cada um, que as ilusões de ter um dia perfeito não poderão totalmente corresponder à realidade. Até mesmo nem corresponder com nada do esperado.



É um óbvio filme-produto, elaborado sobre clichés que aqui teriam de existir porque são perfeitamente necessários, quer seja para abreviarem rapidamente até ao ponto de situação de cada uma destas histórias, aqui conduzidas por uma enorme parada de estrelas super-conhecidas, onde cada um tenta o melhor possível e com reduzido tempo nos dar uma "personna" tocada pelo amor em diferentes tipos de situações, faixas etárias, condição social e outros casos, criando "bonecos" que funcionam.
No fundo, o que se torna até mais interessante num filme com um longo elenco destes, é vê-los a funcionar com os seus respetivos "bonecos", uns com os outros. Há uns que apenas cumprem e há outros que com pouco até conseguem dar um pouco mais do que o esperado (casos de Jamie Foxx ou Anne Hathaway, por exemplo).



É um filme que não inventa, não revoluciona, não desalinha, mas também não cai em excessos desnecessários para atingir o seu fim muito especifico, que é servir de filme descarado para celebração do Dia dos Namorados. E nisso não falha, seja qual for a opinião e nível de tolerância de cada um. Como disse no inicio do texto (compreendendo os objectivos, finalidade, pelo elenco muito interessante), gostei do filme. Não exigia muito daqui. Continua a ser uma comédia-romântica muito comum e comercial. Mas é um inofensivo filme curioso que acaba por valer a pena decifrar o que vai suceder com este mosaico de personagens... que vivem o amor no Dia dos Namorados. Yah!!!


Classificação:
Interessante
6/10

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