sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Cine-critica: ParaNorman (2012)

Paranorman
(2012)



Realização: Chris Butler e Sam Fell
2012
Sinopse (via Split Scren): "Na pequena cidade de Blithe Hollow, no estado de Massachusetts, vive Norman Babcock, um rapaz que possui um dom raríssimo: consegue comunicar com os mortos. Essa característica, assim como algumas outras, não ajudam o pequeno na integração com os colegas de escola e, por isso mesmo, ele sente-se incompreendido e infeliz. 
O seu grande amigo vivo é Neil, um rapaz excêntrico que, surpreendentemente, para além de ser o único a acreditar em Norman, ainda acha a ideia genial e cheia de potencialidades. Certo dia, o pequeno médium é contactado pelo já falecido tio Prenderghast, que lhe fala num rito paranormal que ele deve assumir para proteger a cidade de uma terrível maldição lançada três séculos antes. Apesar de relutantes, Norman e Neil decidem cooperar, mas as coisas não saem como planeado. Agora, uma tempestade mágica ameaça destruir a cidade ao mesmo tempo que os seus mortos regressam à vida. Assustados mas decididos a não se deixarem abater, os dois rapazes sentem que o futuro da cidade está nas suas mãos e que nada, nem mesmo um grupo de mortos-vivos, os poderá derrotar."


Mini-critica:
Ora bem...

Um belissimo filme de animação stop-motion, com uma história muito tocante (que vai desde o bullying, à solidão, rejeição, os falsos julgamentos populares, etc), que é uma dramédia muito mais adulta que infantil na sua abordagem, com hilariantes gags à mistura.
Tudo isto embalado numa leve temática do paranormal, com um fundo de situações inspiradas nos filmes de terror clássicos (são imensos e com alguns mash-ups: cena do miúdo com a máscara do Jason ao som de Halloween, por exemplo), uma realização soberba (há planos magníficos e arrojados para o género).

Há ainda assim uma ligeira desorientação qualitativa, entre o meio e o final do filme mas que é necessária para acentuar o tom de entretenimento aos mais novos (as cenas do público, na biblioteca, etc) sem com isso afectar o estupendo final, que se glorifica por assentar num twist aos eventos. Não há dúvida que se está perante um bom filme.


Vi nas duas versões, a dobrada em português (em casa) e a original em americano (em antestreia por cortesia de um passatempo da Magazine HD... oh yeah!!!). Merece ser dito que em ambas o trabalho de vozes esteve bem. Mesmo que sem grande chama na nacional (nalguns personagens). Curiosamente, na versão original, ao longo da fase inicial do filme só identifiquei a voz da actriz Anna Kendrick porque dos outros... nããaa, dissimularam-se bem (ou eu estou a ficar fraquito no assunto - mas isto agora não interessa nada).

É um bom filme, bastante criativo e que dá brilho à animação stop-motion a meias com efeitos visuais digitais numa história que dá mais para se pensar nela, conseguindo ainda aludir ainda aos efeitos do bullying para com todos aqueles a que achamos diferentes por serem... diferentes.
Altamente recomendado! O melhor filme de animação de 2012, sem dúvida alguma. (Bem... mas isto sou eu a dizer, claro.)

Classificação:
7,5/10
BOM+



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